sábado, 5 de fevereiro de 2005

Mal

Um dia desses atrás, nossa professora fez uma dinâmica, separou pra fora da sala 20 alunas e deixou 30 dentro, mandou as 20 entrar e agir como enfermeiras, perguntando como estávamos e sendo o mais gentil que pudessem, só que a gente não sabia, e a ordem era que a gente tinha que ser INDIFERENTE, então elas entraram, tentaram e tentaram ser simpáticas, mais foi em vão.Resultado segundo elas : doí. A gente está ali pra ajudar e muitas pessoas acham que temos culpa de suas enfermidades.Hoje me senti assim, uma amiga minha teve sua filhinha segunda e eu fui visita-la hoje e percebi que nem berço a menina tinha, ou seja estava dormindo no meio da cama com o casal, me sensibilizei, expliquei um pouco do que aprendi e se ela aceitaria o carrinho da Kamilly por uns meses até poder comprar um berço, claro que ela aceitou, fui até o carro buscar quando a ela veio com uma cara de desapontamento dizendo que não precisava, que o marido dela faria um "bico" no dia seguinte e compraria.Me senti mal, falei com o pai dela, que conversasse com ele para ao menos comprar um berçinho pra neném, afinal é o minímo que uma criança tem direito ao nascer...mas tudo bem, a professora disse que sentiremos essa dor por várias vezes, a pessoa precisa de nós mas prefere ser indiferente, está morrendo mas não dá o braço a torcer...

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